voltar Liturgia diária 21/09/2020 Segunda-Feira - Festa de São Mateus Apóstolo - Ano Par

Boa Nova para Cada Dia

21 segunda. S. Mateus apóstolo.

Ef 4,1-7.11-13; Sl 18(19A),2-3.4-5; Mt 9,9-13

 

“... eu não vim para chamar os justos, mas os pecadores” (Mt 9,13c).

                Este Evangelho nos mostra a completa diferença entre os fariseus e Jesus perante o problema dos pecados que todo homem comete. Todos cometem pecados, e quem afirmar que não comete já cometeu (1Jo 1,10).

                Mas a reação perante os pecadores pode ser muito diferente de pessoa para pessoa.

                No caso dos fariseus, não só procuravam evitar as mínimas falhas no cumprimento da Lei e dos preceitos que se acumularam pelos séculos, como achavam que deviam advertir os que, na opinião deles, deviam ser taxados de pecadores por não cumprirem detalhes da Lei e dos preceitos.

                E Jesus, como reagia aos pecadores com os quais se encontrava?

                Ele reagia como era vontade de Deus: fora o Pai quem decidira dar a seu Filho encarnado o nome de “Salvador” (Mt 1,21). Portanto Jesus devia realizar o que seu nome significava. É assim que o vemos no Evangelho de hoje. Ele afirma, sem a menor dúvida, que veio para os pecadores.

                Pensemos quanto os pecadores são importantes para Deus e para Jesus.

                Jesus chegou a compor uma estória emocionante, a do “filho pródigo”, precisamente para nos mostrar, na figura daquele pai, o que é o amor de Deus pelos seus filhos que se convertem.

                Deus faz de tudo para que os pecadores se convertam, e em seguida lhes restitui a dignidade perdida, porque são seus filhos.

                O que nos aconteceu no Batismo foi precisamente esta ação salvadora de Deus em nosso benefício. Antes éramos pecadores, e Deus nos concedeu o perdão e nos adotou como filhos. Sabemos que isto acontece pelo mérito de Jesus Cristo, que na cruz pagou por nossos pecados.

 

                Para nós, hoje em dia, é fácil entender como Jesus veio para os pecadores.

                Mas para as pessoas com as quais ele convivia isto não era claro, tanto que os fariseus se escandalizaram quando Jesus foi procurar os pecadores para jantar com eles na casa de Levi.

                Pensemos nestas coisas.

                E imaginemos como Deus age com amor por nós, oferecendo-nos sempre o perdão. Se Jesus mandou perdoar setenta vezes setenta vezes, Deus, que é rico de bondade e perdão, nos perdoará quantas vezes puder desde que nos possa salvar. Para Deus não há pecado sem perdão. Devemos nos alegrar por isto, e jamais perder esperança no poder misericordioso de Deus. Ele prefere nos tratar com misericórdia e não com sua ira divina.

                Perguntemos: como julgamos os pecadores?

                Desejamos que Deus os puna sem misericórdia?

                Ou queremos, como Jesus, que se convertam e se salvem?

Autor: Pe. Valdir Marques, SJ, Doutor em Teologia Bíblica pela Pontifícia Universidade Gregoriana de Roma