voltar Liturgia diária 16/09/2020 Quarta-Feira - 24ª Semana do Tempo Comum - Ano Par

Boa Nova para Cada Dia

16 quarta. S. Cornélio e S. Cipriano

1Cor 12,31-13,1-13; Sl 32(33),2-3.4-5.12 e 22; Lc 7,31-35

 

“Com quem hei de comparar os homens desta geração?” (Lc 7,31a).

                Os primeiros discípulos de Jesus o conheceram por meio de João Batista, que o apresentou como Cordeiro de Deus, que tira o pecado do mundo (Jo 1,29).

                Jesus já tinha revelado ao Povo de Israel que era o Filho do Homem (Mt 8,20; 10,23 etc.).

Os demônios já tinham revelado que ele era o Santo de Deus (Mc 1,24), o Filho de Deus (Mt 8,29).

Quando ele ressuscitou o filho da viúva de Naim o Povo entendeu que em sua pessoa Deus tinha visitado Israel como outrora, nos tempos de Elias e Eliseu (Lc 4,26-27), portanto como o Profeta esperado por séculos (Dt 18,15.18).

Em Nazaré ele mesmo dissera que era o Messias prometido por Isaías 60,1-2.

No entanto, apesar de tudo isto, somado ainda aos milagres de curas, ensinos e discussões com os líderes religiosos, havia gente que se recusava a aceitá-lo.

Então Jesus se lamentou dizendo um dia:

“Com quem hei de comparar os homens desta geração?” (Lc 7,31a).

As pessoas de seu tempo conheceram João Batista e disseram que ele tinha um demônio. E de Jesus disseram que era um comilão amigo de pecadores.

Não era possível contentar todas essas pessoas.

E Jesus em sua sensibilidade humana deixou escapar sua queixa, como qualquer um de nós teria feito em situação semelhante.

A nós esta queixa de Jesus atinge diretamente.

Sejamos honestos e examinemos nossa consciência em relação à aceitação de Jesus por nossa parte. Não nos acontece de aceitar somente parte de seu Evangelho e deixar ‘esquecidas’ aquelas que nos pesam na consciência?

Por sua Divindade e Santidade enquanto Filho de Deus,

por sua Humanidade enquanto Filho do Homem,

por sua obra salvadora enquanto aquele que tira os pecados do mundo,

sejamos reconhecidos, agradecidos em atitude de profunda reverência e adoração.

 

Autor: Pe. Valdir Marques, SJ, Doutor em Teologia Bíblica pela Pontifícia Universidade Gregoriana de Roma