voltar Liturgia diária 30/07/2021 6ª-feira da 17ª Semana Do Tempo Comum

Dia 30 - sexta-feira: Lv 23,1.4-11.15-16.27.34-37; Sl 80(81); Mt 13,54-58.

BOA NOVA PARA CADA DIA. A LITURGIA DIÁRIA COMENTADA

Jesus trabalha incansavelmente, assim como Deus “trabalha sempre” em favor de toda a humanidade. Das margens do Mar da Galileia (13, 1.36), onde ensinou as multidões e os discípulos em parábolas, Jesus vai para sua cidade, Nazaré. A admiração que Jesus causa ao ensinar é uma das constantes observações que os evangelistas apresentam. O ensinamento de Jesus causa admiração porque faz sentido e dá sentido a toda a história passada, além de abrir o ouvinte ao mistério de Deus. As pessoas presentes na sinagoga se perguntam por duas vezes sobre a origem da sabedoria de Jesus e dos seus atos de poder. Nesse sentido, o leitor do evangelho está melhor informado e preparado para responder do que os concidadãos de Jesus. Todo o bem que ele faz, a vida que ele transmite, a sua autoridade, a sua coerência vêm de Deus, da comunhão entre o Pai e o Filho. Há uma sabedoria, entenda-se, aqui, um modo de viver que ultrapassa o conhecimento racional; é dom, fruto de uma profunda união entre o homem e Deus. Mas, as pessoas presentes naquela sinagoga, em razão de sua incredulidade (v. 58) se equivocam imaginando saber a origem de Jesus (vv. 55-56a). A falta de fé lhes impediu de se abrirem para acolher o dom de Deus. A falta de fé fecha o coração para o que é de Deus e impede ver para além das aparências. Se os que estavam na sinagoga se admiravam da sabedoria do ensinamento de Jesus e do bem que ele fazia, a incredulidade lhes impediu de acolher no mais profundo do coração a Palavra da Vida.

 

Autor: Pe. Carlos Alberto Contieri, biblista que estudou a Sagrada Escritura em países como Itália, Bélgica e Israel, atualmente é Diretor do Pateo do Collegio e Coordenador do Patrimônio Histórico e Cultural da Companhia de Jesus no Brasil.